quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Sopa de Letras
Cada vez que as faço
Que as desenho
Nesta paisagem gélida
Deste quadro
Rebordado a azul
Ou mesmo em folha,
É sempre frio
É sempre tirado a ferros
Sangue, suor e lágrimas
Mas vale drenar uma veia
Mas sabem me de novo, a cinzento
Soa me, cinzento
Mas...!!! Só agora percebi
É porque só chegam a mim
Nos dias em que chovo
Porque é que, tanto me espremo ! ?
Há coisas que não são, para ser ditas
Há outras que só dizemos a nós
Essas são para mim
Para ti, p nós...
Há estados que não se traduzem em palavras
Há palavras que não são capazes de albergar tudo o que me convêm
Há sons irreproduzíveis que as palavras não conseguem cantar
Há imagens em que faltam nos as palavras
Há unica coisa que me sobra sempre, são letras
NtHJugbnmkjGFVBNM
MNBGYhnmjhgfcvbnkiuygmNB
mNBFtghnjhgBNMKJ
mjgHKUNmjhgfrthnKTFGHJm
MJFGHjhgfrfghjiKMHGTGbnm
Faço com elas
Uma manta de retalhos
Onde me abrigo
Quando me sinto
Assim
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2 comentários:
Já me tinha apercebido e já te queria ter dito. O que escreves é geralmente doloroso e parecem-me ser interpretações do interior. É como se sentisses a necessidade de tirar de dentro, ou partilhar com o exterior, talvez assim consigas aligeirar o sentimento. Daí o abstraccionismo do que escreves, estás redefinir coisas que ainda não têm nome por não serem palpáveis e por serem só tuas.
Acho que o sofrimento é algo que todos sentimos, ás vezes muito, outras vezes pouco, uns mais, outros menos, mas faz parte de nós. Expressá-lo é difícil mas guardá-lo é ainda mais doloroso. É então importante expressar este sentimento e todos os outros.
Como disse Cat Stevens
"I can't keep it in, I can't keep it and I've got to let it out, I gotta show the world..."
Gostei do texto :)
muito bom grande amigo! conceptual e mesmo assim com muito sentimento. tens definitavamente, na minha humilde opinião, uma voz. tambem gosto muito do seguinte e ja que estou aqui digo-o agui. :)Aquele abraçp
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